Roger já tinha pensado sobre um conjunto de critérios para perdas da logística lean. Estava ansioso para mostrar sua descoberta para o Sr. Ohno, mas este estava fora visitando fábricas de clientes.
Não eram ideias de Roger. A equipe discutiu conjuntamente as perdas P. Roger e os gerentes de marketing, de vendas, de logística e de planejamento discutiram exaustivamente sobre um critério que justificasse a existência das perdas P: um tipo de perda deveria ser suficientemente importante para o propósito de perseguir o fluxo contínuo. Para pertencer à lista de perdas, deveria ser suficientemente importante.
[GL-Gerente de Logística]: Qualquer um que trabalhou na logística sabe das péssimas consequências do efeito chicote.
[R]: A sua origem está exatamente nos métodos de programação e na reação dos planejadores.
[GP- Gerente de Planejamento]: Embora o PLANEJAMENTO não seja tão visível quanto à SUPEROFERTA (estoques), suas consequências são. Todos nós sabemos da importância dessas consequências em termos de custo e de serviço: um comportamento caótico da cadeia de suprimentos.
[R]: Sim. Foi exatamente isso que eu quis dizer. Um critério para selecionar uma perda para a lista é sua IMPORTÂNCIA PARA O FLUXO CONTÍNUO. Lead times, estoques de segurança e tamanhos de lotes (informados pelo planejamento) são fundamentais para o comportamento da cadeia de suprimentos.
A perda P e a todas as outras (suboferta, superoferta, espera, processo, movimentação e defeitos) têm uma relação importante com o fluxo contínuo porque atrapalham o fluxo. Observe que as 7 perdas clássicas de Ohno estão de acordo com o critério de IMPORTÂNCIA PARA O FLUXO CONTÍNUO.
Nesse ponto, os gerentes não estavam muito interessados em critérios para perdas. Roger continuou assim mesmo.
[R]: Vamos verificar se tanto as as perdas de Ohno, quanto as perdas da logística lean se encaixam nos seguintes critérios:
IMPORTÂNCIA PARA O FLUXO CONTÍNUO – esse critério diz que a eliminação dessa perda é fundamental para o fluxo contínuo.
QUANTO MENOS, MELHOR – esse critério diz que a lista de perdas deve ser tão pequena quanto possível. Somente as perdas essenciais podem estar na lista de perdas.
Ninguém além do gerente de logística parecia prestar atenção na explicação de Roger, embora a última (estoque) surpreendesse a todos.
*** SUPEROFERTA / SUBOFERTA / ESPERA / MOVIMENTAÇÃO / DEFEITOS / PROCESSO / PERDAS P ***
[R]: O mais interessante é que as perdas da logística lean, acima, servem também para a produção – concluiu entusiasmado, embora ninguém tivesse dado importância à sua surpreendente conclusão.